Cores exuberantes, o brilho, o ambiente tropical e a cultura da Polinésia na beleza das obras de Paul Gauguin, considerado o mais importante entre os pintores franceses do século XIX, e um dos principais do período pós-impressionista.

Seus quadros vieram de todas as partes, desde famosos museus a grandes colecionadores, fazendo desta exposição uma das mais caras e completas das obras deste artista pela Fundação Beyeler, amostra que encerrará no dia 28 deste mês.

A pintura “Nafea Faa Ipoipo”(Quando te casarás?), torna-se o quadro mais caro do mundo, depois de um comprador do Qatar ter pago por ela 263, 3 milhões de euros. Ele fez parte da coleção do Museu de Belas Artes de Basiléia(Kunstmuseum), durante mais de 50 anos, mas pertencia a um colecionador privado suiço.

Gauguin nasce em Paris em junho de 1848.

Seu pai era jornalista e por atividades políticas, obrigou a família a sair de Paris em 1849, e exilar-se no Peru, pois sua mãe era de ascedência peruana, mas seu pai morre durante a travessia da França, assim êle, sua mãe e um irmão foram morar com um tio em Lima.

Com 17 anos entra para a marinha mercante francesa, viajando ao redor do mundo. Trabalhou em seguida em uma corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos.

O contato com o seu tutor Gustave Arosa, um grande colecionador de arte, incluindo as de Delacroix, êle começa a ter um interesse pelas Artes, além de começar a colecionar pinturas impressionistas, tornou-se um pintor amador.

Em 1884, Gauguin passou a pintar no refúgio dos artistas em Pont-Aven na Bretanha,influenciado durante este período, por Van Gogh, Seurat, Degas, mas começou a adotar o seu próprio estilo independente. Sua arte amadureceu, e Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o “retorno ao princípio”, ou seja, à arte primitivista.

Em 1887, Gauguin deixou a França para o Panamá. Por curto período, ele trabalhou como operário para o Panama Canal Company. Ele logo deixou o Panamá para a Martinica, onde continuou o seu desenvolvimento como artista, e aqui ampliou a sua visão, permitindo-lhe assim desenvolver interpretações originais de cenas da Bretanha.

Em outubro de 1888, ele viajou para a casa de Van Gogh em Arles, França. Sua estadia foi um tanto traumática para ambos os artistas. Eles aprenderam muito um com o outro, mas eram muitas vezes em desacordo. Gauguin retorna a Paris e depois Van Gogh com o “incidente da orelha”.

Embora este período tenha sido produtivo para Gauguin, êle estava profundamente deprimido e em 1891 abandonou a família a buscar uma vida idílica nas ilhas do Pacífico Sul. Ele ficou brevemente na capital do Tahiti, e em seguida, mudou-se para a parte remota da ilha.

Ele mora em Tahiti de 1891-1893, e novamente em 1895 até a sua morte. Lá seu estilo de pintura evolui para as formas primitivas das ilhas do Pacífico, “cores fortes e brilhantes”, suas imagens impressionistas de mulheres da polinésia estão entre as mais belas pinturas da era moderna. Em 1904, doente, morre, e encontra-se sepultado no Cemitério de Atuona, Arquipélago das Marquesas na Polinésia Francesa.

Gauguin, expôs em suas telas a luminosidade das terras por onde passou, desde os primeiros anos de vida no Peru, incluindo suas viagens de navio, e quando passou pelo Brasil “amou a luz da baia de Guanabara”.

Desde que iniciou-se esta exposição, podemos observar a quantidade enorme de pessoas vindas de todas as partes, de cidades vizinhas, de turistas pelas ruas, com suas sacolinhas de Gauguin, marca de sua visita, a este museu, um dos mais lindos desta cidade.

Jornalistas Internacionais, visitaram a exposição, tendo um patriocínio do Departamento de Turismo de Zurique com o auxilio do Turismo de Basel, e como sempre em uma impecável organização e na finesse da pessoa de Federico Sommaruga.

Para completar este periodo do ano, começa nesta semana, dia 18.06 até o dia 21.06, a famosa Feira Arte de Basel, onde a Arte se internacionaliza, dando-nos uma amostra da criatividade artística dos quatro cantos do mundo.

Arlete F. Kaufmann, jornalista

Deixe um comentário

Tendência