Museu Rietberg – OSÍRIS – O segredo submerso do Egito!

Depois de Paris e London, é a primeira vez em lingua alemã, que se apresenta em Zurique, no Museu Rietberg, uma espetacular exibição de 300 estátuas, objetos rituais, sarcófegos e objetos de ouro provenientes das profundezas da costa do Mediterrâneo Egípcio, do século XVI. Originam-se das legendárias cidades de Thonis-Heracleion e Canopus, que submergiram no século VIII dC.

Estes estela intacta (1,99 m) transmite o decreto de Saϊs, a I do Nektanebos inscritos (reg. 378-362 aC.) A estela foi descoberta na cidade submersa Thonis-Herakleion e é quase idêntico ao da estela de Naukratis do Museu Egípcio, no Cairo. O lugar onde deve ser colocada é claramente afirmado: Thonis-Herakleion. Decreto do Faraó Nektanebos

OSIRÍS- era um deus da mitologia egípcia associado a vegetação e a vida do Além, foi um dos deuses mais populares do Antigo Egito, cujo culto remontava às épocas romatas da história deste país e que continuou até a era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.

O renascimento de Osíris, Museu Egípcio, Cairo
Esta impressionante estátua de gnaisse remonta à dinastia 26 (final de período do antigo Egito, 664-332 aC.). Ela representa o breve renascimento do deus Osíris. A coroa de ouro, electro e bronze simboliza os raios do sol.

Era um Deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraiso (lugar onde há fartura). A própria encarnação das forças da terra e das plantas. Um ser bondoso que sofre uma morte cruel (seu irmão movido por inveja-decide arquitetar um plano para matá-lo), e que por ela assegura a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a divindade que encarna a terra egípcia e a sua vegetação, destruida pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.

Na exposição há peças como por exemplo, a estátua de cinco metros de altura do Deus das inundações Hapi ou a escultura natural do touro sagrado Apis, o santuário com o calendário egípcio mais antigo ou o retrato da rainha Arsinoe II, cuja escultura é a única testemunha.

Esta exposição é de suma importância para o Rietberg Museu, pois comemora um duplo jubileu. Há dez anos atrás, abriu as suas portas com “Esmeralda”, que desde então se tornou o símbolo do Museu, que está comemorando o seu 65° aniversário. Esta exposição de Osiris é um marco na história do Museu.

MUSEU NACIONAL- ZURIQUE: 1917- A Revolução Russa e a Suiça

No 100° Aniversário da Revolução Russa, a exposição conta com o Museu Nacional de Zurique sobre as relações entre os dois países, em um momento de mudança e fornece uma visão geral da Rússia política e cultural, nesse período. Esta exposição foi criada em cooperação com o Museu Histórico Alemão-Berlim.

“Trem de Lenin”- A Revolução Russa e a Suiça

Em 09 de abril de 1917, Lenin então desconhecido, embarcou em um trem na estação principal de Zurique, que o colocou em contato com diversos revolucionários do império russo, a cena de uma época.

A História da Europa Oriental, nas cadeiras de aprendizado das Universidades de Basel, Berna e Zurique, relembram, 100 anos do legendário trem de Lenin, através de um convite as leituras, palestras, projetos com jovens, e passeio em um trem histórico de Zurique a Schaffhausen, 100 anos da Revolução Russa, acendeu uma exposição especial na extensão do desembarque em Zurique e as relações em um momento transitório.

A exposição contada através de fotos, documentos (ex. as papeletas de assinatura de Lenin de visitas as bibliotecas suiças), objetos de arte, pinturas da Rússia, desta época e o impacto da Suiça.

É uma história de laços extremamente próximos, para dois diferentes países.

No século XIX, a Rússia foi a emigração mais importante para a Suiça, existiam cerca de 20.000, iniciando como empreendedores, confeiteiros, fabricantes de queijo, professores e revolucionários como Lenin – uma nova vida!

Lenin viveu aqui mais de 6 anos, entre Genebra, Berna, Basel e Zurique (Spiegelgasse 14). Para os russos artistas, intelectuais e outros revolucionários a Suiça era um lugar de sentir saudades. Como uma democracia liberal e política externa neutra, que garante a liberdade de expressão, e permite que as mulheres de forma diferente que a Rússia, estudassem em uma Universidade.

A arte de vanguarda Russa marca partida em 1900, que abrange não só as grandes capitais européias, mas também St.Petersburgo e Moscou.Fortemente

representadas por obras de arte, por artistas femeninas, tais como Natalija Gontscharowa, Ljubow Popowa ou Olga Rosanowa. Intelectuais escrevem trabalhos científicos e manifestos em que descrevem novo ideal sócio-político e idéias de um mundo mais justo. Levando-se em conta, a tradução do Capital de Karl Marx, que é publicado na Rússia em 1872, e desenvolvendo um efeito explosivo.

1843-1918 Nadeschda Suslowa- A primeira mulher formada em Medicina na UNI- Zurique

“O que impressiona é que as mulheres russas da época, foram as primeiras a estudarem em Universidades Suiças, diga-se a primeira mulher a se formar em medicina na Universidade de Zurique, era russa, enquanto as mulheres suiças nem sonhavam, e sómente foram ter direito de voto, concedido em 07.02.1971” !!

1852-1942- Wera Figner (filha de nobres) estudou medicina em Zurique e Berna, voltando a Russia participando de mov.revolucionário.

Em 1910, vivia na Suiça, 8.500 pessoas da Rússia, metade delas em Zurique.

As mulhere suiças e suiços, viviam na Rússia em um quartir agrário, que é caracterizado por grandes contrastes sociais. Enquanto, camponeses russos viviam em nível de subsistência, a regra czarista autocrática se envolve com luxo e explendor.

1849-1919- Wera Sassulitsch, revolucionária emigrou à Suiça onde foi redatora de Iskra e traduziu para Marx.

Um ovo de Fabergé integrado com a fabricação de relógios da Firma Moser & Cia , fundada pelo Sr. Henrich Moser, um emigrante suiço de Schaffhauser, atesta e ilustra a quebra e o fechamento, já sentido pela revolução de 01.02.1917. Lenin parte de Zurique para St.Petersburgo e entrou em colapso em outubro com o Bolchevismo do governo provisório.

Com o poder da aquisição bolchevista, após a Revolução de Outubro de 1918, início da guerra civil, esfria-se as relações entre os dois países, levando ao corte das Relações Diplomáticas e sòmente retormadas em 1946.

O Museu Nacional, faz uma retrospectiva fabulosa desta época,entre a Suiça e a Rússia.

Jornalista: Arlete F. Kaufmann

 

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