A Fundação Beyeler apresentou em uma presse conferência, nesta última sexta-feira dia 31.08, a coleção do pintor polonês franco-alemão BALTHUS.

Balthasar Klossowski de Rola, conhecido como Balthus, nasceu em Paris em 29 de fevereiro de 1908 e faleceu em Rossiniere, Suiça em 18 de fevereiro de 2001. Em 1991, recebeu o Premio Imperial pelo trabalho ao londo de sua vida.

Balthus era o segundo filho do historiador de arte e pintor germano-polaca Erich Klossowski (1875-1949) e a pintora judia-alemã Elizabeth Dorothea Spiro (1886-1969), o que o levou ao longo de um dos mais importantes salões de arte de Paris e mais tarde em Berlim. Seu irmão mais velho de três anos era o escritor de vanguarda Pierre Klossowski.

Teresa sonhando

Balthus desenvolveu seu próprio estilo figurativo, que foi baseado na técnica de afrescos do Quattrocentro italiano. Ele escapou com as correntes de arte contemporânea, entre outras, o cubismo e o surrealismo. Os seus súditos, eram frequentemente caracterizados por poses sugestivas de meninas jovens. Ele foi amigo de Federico Fellini, Pablo Picasso, Joan Miró, Salvador Dali, David Hockney e, especialmente, com Pierre Matisse, que também o ajudou ocasionalmente financeiramente por causa de seu estilo de vida luxuosa. Balthus desenhou cenários e figurinos. Era considerado excêntrico e evitava o público.

Jovem dormindo

Em 1937 Balthus casou-se com Antoinette de Watteville, em Berna, a quem havia conhecido em 1924, que foi sua modelo para uma série de fotografias.

A saia branca

Em 1938 ele teve sua primeira exposição em Nova York na “Galeria Pierre Matisse”. Em 1939, ele foi convocado para o serviço militar em setembro, ferido na Alsácia e retornou a Paris em dezembro. Quando deixou Paris, Balthus e Antoinette vieram morar a Fribourgo, na Suiça, onde em 1942 nasce o seu primeiro filho Stanislas e em 1944 o seu segundo filho Thadée, em Berna.

O pano azul – Teresa

Seu trabalho foi admirado por escritores e seguido por pintores, como André Breton e Pablo Picasso. Seu círculo de amigos em Paris incluía o novelista Pierre-Jean Jouve, os fotógrafos Josef Breitenbach e Man Ray, Antonin Artaud, e os pintores André Derain, Joan Miró e Alberto Giacometti. Em 1948, Albert Camus, outro de seus amigos, le pediu que desenhasse a decoração e o vestuário para a sua obra L’Êtat de siège, dirigida por Jean-Louis Barrault.

Balthus passou a maior parte de sua vida na França. Em 1953 mudou-se ao Chateau de Chassy onde terminou sua obra maestra O quarto. Em 1964 se mudou a Roma, onde presidiu a Academia Francesa em Roma e fez amizade com o realizador de filmes Federico Fellini e o pintor Renato Guttuso.

Em 1977 foi viver em Rossinière, Suiça, em um “Grande Chalé”. Voltou a casar-se com Setsuko Ideta de nacionalidade japonesa e também pintora (presente nesta exposição da Fundação Beyeler). Conheceu a Setsuko durante uma missão diplomática em Japão.

O quarto turco

Neste chalé no cantão Vaud, viveu com sua esposa Setsuko e sua filha Harumi, até a sua morte em fevereiro de 2001, com quase 93 anos. Lá seus numerosos partidários e celebridades o visitaram como Tony Curtis e Mick Jagger.

Balthus era o único artista com vida que tinha obras no Louvre (procedente da coleção privada de Pablo Picasso, que foi doada ao museu)

A cereja – Toalete de Cathy

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