CHARLIE CHAPLIN – UM MUSEU SOBRE O HOMEM E SUA ARTE

O Museu Charlie Chaplin ou “Chaplin’s World by Grévin” é inaugurado em Vevey, na Suiça. Jornalistas e autoridades foram convidados no dia 16 de abril,  adentrar o mundo encantado deste  ícone , em uma cerimônia para o aniversáro de  127 anos de Chaplin.

Ele foi um dos maiores atores, comediantes e cineastas de todos os tempos e este Museu atrairá visitantes dos quatro cantos do mundo.

Após 15 anos de planejamento o Museu  foi aberto finalmente ao público no dia 17 de abril de 2016, em Corsier-sur-Vevey, onde o grande ator e diretor passou seus últimos anos de vida. Seu filho Michael Chaplin-Presidente da Fundação do Museu disse “Que era um grande prazer ver a implementação deste projeto, que tenha levado tanto tempo e um sonho que parecia interminável. Agradeceu à todos que trabalharam para este sonho inicial – em realidade, para criar algo sólido, algo real, imponente, muito parecido com o legado de nosso pai”. Ratificando estas palavras, seu irmão Eugene Chaplin, também presente.

https://www.youtube.com/watch?v=NwHarDfRUEE&list=PLkrFk_U0OMLquZEz4KaqOVpsPLv0mb1dk
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O Museu está instalado na mesma casa em estilo neoclássico, onde o ator viveu com sua familia- sua esposa Oona e seus oito filhos, de 1952 até sua morte. A propriedade que leva o nome de “Manoir de Ban”, entre montanhas e vista para o lago de Genebra, com 1350 m2 e rodeada de magníficas árvores centenárias.

Alguns aposentos foram mantidos como eram na época em que vivia lá, incluindo mobilia e objetos pessoais do acervo familiar e as paisagens que se tem através das janelas, faz-nos vivenciar uma experiência quase real.

O prédio em frente inclui vários cenários,  com obras (como a barbearia de –  O grande ditador), como também  uma sala de cinema com ares de hollywood, com 150 lugares, onde poderão ser vistos clássicos do famoso ator , avaliados em 81 filmes e 15 mil fotografias, para tudo ser o mais original possível.

O antigo edifício garagem “Shop Chaplin”, oferece lembranças, livros  e objetos da vida e do trabalho deste grande personagem.

O livre acesso do Restaurante “The Tramp”, no decór Chaplin com café e cozinha Brasserie ou       take away no piso térreo, com pequenas refeições – 120 lugares no terraço e 100 lugares no interior-aberto de terça a sábado das 9.30 às 18 horas, e a noite das 19.00 às 23 horas o Restaurante Gourmet.

 Sua trajetória artística, tinha tanta dose de Humor quanto de melancolia, bigode preto, chapéu-coco, bengala, andar gingado com sapatos enormes e até hoje é extremamente popular. Desde seu primeiro grande sucesso, “O garoto” (The kid) de 1921, o personagem Carlitos, o vagabundo, apresentou os dois lados: graça, humor quanto desespero e melancolia.

Nascido na Inglaterra, Charle Chaplin teve que sair dos EUA por motivos políticos em 1952, tornando-se assim uma das maiores célebres vítimas da política anticomunista. Com sua esposa e filhos se estabeleceu na Suiça e como dizia ele – “Este espaço faz bem a alma, amplia o horizonte e refresca a mente”. Era um amante da natureza, da pesca, de fondue e aguardente de cereja.(kirsche)

O “vagabundo”, marca registrada deste herói , aqui encontrou sua paz, até a sua morte aos 88 anos em dezembro de 1977. (visita pessoal ao túmulo familiar)

Mas o Vagabundo volta a sua casa!!! Vale a pena conhecer e reviver estes momentos da vida do homem e do artista!

Pela passagem de seus 70 anos, aqui na Suiça escreveu:

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome… Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é… Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!

Texto e fotos: Arlete F. Kaufmann